Vivemos um momento sem precedentes na história: a cada ano aceleramos a geração e o consumo de dados em um crescimento exponencial. Conseguimos saber – e prever – quase tudo sobre o outro. Essa é, indiscutivelmente, uma das forças que vão ajudar a remodelar o futuro da indústria do crédito. Temos big data, inteligência artificial, machine learning e trilhões de gigabytes de dados trafegando por aí. Nunca tivemos tanto!
Mas falta um ingrediente: o ser humano. Crédito é sobre confiança nas relações. No mundo corporativo isso é ainda mais verdadeiro. Sempre enxergamos os negócios de forma isolada, mas nunca o ecossistema todo. Esquecemos que para funcionar em harmonia, tudo tem que estar integrado. É a integração que gera abundância. Como na natureza.
Nenhuma empresa é uma ilha. Ela não funciona sem pessoas, clientes, fornecedores e parceiros. E tem mais sucesso quando seu ecossistema prospera junto. É um modelo que se retroalimenta. Sustentável, justo, equilibrado.
Crédito não precisa ser um jogo de forças que oprime, suga e exaure. Que cria frutos no começo, mas ao longo do tempo gera deterioração. Quem disse que um pequeno fornecedor de cacau ou um comerciante da comunidade de paraisópolis não podem ter um crédito barato se eles fazem parte de uma teia muito maior? E se eu reduzir o risco só mudando a forma de olhar?
A tecnologia trouxe enormes avanços. Mas a grande inovação é no olhar. É preciso reinventar as relações! Crédito deve ser um jogo de equilíbrio, em que todas partes ganham.